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Estratégia & Negócios

A competitividade e sustentabilidade da indústria de moldes

12 Maio 2025


O problema existe, persiste, tem consequências negativas e, portanto, não pode ser ignorado.

Pelo contrário, a partir da análise já efetuada dentro do setor pelas empresas, academia, consultores e outros atores, impõe-se a formulação de soluções concretas que contribuam para resolver, ou pelo menos mitigar o problema da competitividade e sustentabilidade da indústria de moldes.


Por José Morais

(Lexus Consultores)





Comecemos pela base: O Mercado e a Sociedade.


Sem conhecer objetiva e quantitativamente o Mercado e a Envolvente Social em que se inserem as empresas de moldes, não é possível que cada empresa defina a sua estratégia, e, sem estratégia, ou sem estratégia adequada, não é possível extrair o máximo de eficiência e, portanto, ter sucesso.


Pode parecer descabido – ou mesmo provocatório – colocar a questão do conhecimento do Mercado depois de tantos anos de experiência e tantos dados e de informação publicadas sobre este tema.


Mas será que cada empresa tem o seu ecossistema bem caracterizado e conhece realmente os potenciais mercados de crescimento alternativo? Não tenho dúvidas de que conheçam o mercado automóvel. Mas o “Mercado da Defesa” significa exatamente conceber e produzir que tipo de produtos e serviços? Como é que a empresa se pode inserir na cadeia de valor?


E quanto aos “Dispositivos Médicos”, conhecem realmente os requisitos técnicos? Estão preparadas para abordar o mercado? Que potenciais clientes concretos? Com que argumentos?


Poderíamos, todos, continuar.


O conhecimento da Sociedade leva-nos a desafios similares. O contexto é o mesmo em Oliveira de Azeméis e na Marinha Grande? Eu, que me encontro a trabalhar com os dois municípios, posso garantir-vos que não é o mesmo. Há, naturalmente, questões recorrentes, tais como algum desinteresse dos jovens pela indústria, a diminuição da atratividade da própria indústria de moldes, o acesso a vias de comunicação, a maior dimensão e concentração das empresas em Oliveira de Azeméis versus a dispersão e menor dimensão na Marinha Grande, a própria estratégia dos autarcas, entre outras. Mas todas contribuem para que a sociedade esteja, mais ou menos, preparada e disponível para interagir e cooperar com as empresas. E isso tem de ser tomado em consideração na estratégia da empresa, seja ela de crescimento, de contração, ou mesmo de deslocalização.


Passemos à Estratégia, tema abordado há tantos anos no setor e, consequentemente, presente na mente de todos nós.


Mas, mesmo tendo em conta esta realidade, quantas empresas usam e dominam abordagens estruturadas de definição e monitorização da sua estratégia? E quantas alinham os seus objetivos e as suas atividades correntes com essa estratégia? E como é que monitorizam a estratégia e a sua aplicação assegurando que estão em condições de obter resultados “notáveis e sustentáveis”?


Nos últimos anos, as preocupações e as iniciativas das empresas do setor centraram-se em dois componentes do modelo proposto – a Eficiência Produtiva e as Pessoas –, o que se compreende.


Mas colocam-se, pelo menos, duas questões:

1 - Resultou ou é necessário e urgente fazer mais e melhor?

2 - E mesmo que tenha resultado, é suficiente para melhorar a competitividade e a sustentabilidade?


A resposta à primeira questão é de que houve, e há, bons exemplos e bons resultados em algumas empresas. Contudo, esta situação não está suficientemente disseminada, pelo que há que fazer mais e melhor. E, sobretudo, há que fazê-lo de forma estruturada (recorrendo a abordagens sólidas como, por exemplo, Lean Manufacturing, 6 Sigma, Kaizen, DMAIC, etc.) e sustentada (há sempre novos desafios e alterações de contexto, pelo que a atualização das respostas tem de ser...



Continue a ler este artigo na revista MOLDE (edição de abril 2025)